Hoje fiz uma visita ao hospital onde internei para o meu tratamento. Vi as enfermeiras que estiveram comigo o tempo todo ao longo do tratamento que hoje são pessoas que eu guardo no meu coração com todo carinho e consideração do mundo. São mais do que especiais.
Durante a minha visita a Cleidiana, uma das enfermeiras, uma grande amiga, me apresentou um paciente, o Cleifer de 8 anos que está com um câncer no braço erquerdo. Ele começou a fazer quimioterapia há uma semana, mais ou menos, é um garoto fofo! Tímido, quase não trocamos palavras, mas com uma carinha muito boa.
As poucas palavras que trocamos foram em relação ao tratamento, aos remédios, às agulhas, enfim, trocamos experiências. Rs.
Foi tão rápido, mas me fez tão bem. Depois que terminei meu tratamento, me deu uma vontade imensa de poder ajudar outras pessoas de alguma forma, compartilhando minha experiência e confortando, e de repente, ali, eu pude perceber o quanto isso faria bem não só para o paciente, mas pra mim também.
Reparei a carinha que ele fez quando a Cleidiana falou: "Cleifer, essa a Luanne, ela teve leucemia e hoje está curada. Olha só como o cabelinho dela ta crescendo!". Ele olhou com aquela carinha como estivesse dizendo: "Nossa, sério? Você teve?". Fiquei tão feliz com isso, senti que posso mesmo confortar as pessoas e mostrar que um dia tudo isso passa e ficamos bem e fortes! Foi muito bom poder compartilhar, mesmo que rapidamente e sem detalhes, a minha experiência. Isso só alimentou mais a minha vontade de ajudar, de compartilhar isso com pessoas que estejam passando por isso.
Eu sei como isso faz diferença e quero que sintam isso também, quero poder fazer com que isso aconteça. Agora mais do que nunca quero fazer um trabalho voluntário com crianças e jovens que estejam passando por um câncer.